sábado, 31 de dezembro de 2011

Diretamente de Telluride, Colorado, desejo um Feliz Ano Novo à todos!!!


Isso mesmo, estou postando diretamente de minha primeira viagem à neve. Foi tão emocionante, ver a terra coberta de branco pela primeira vez, os pinheiros verdes saltando como agulhas das montanhas, casinhas de madeira com a fumaça subindo pela chaminé... um momento mágico.

Partimos de The Woodlands no dia 26 de dezembro e ficaremos aqui até dia 01 (amanhã). Sim, vim com minha host family, o que me leva a pensar como eles são realmente legais comigo (tome nota, quando for escolher sua família, pergunte à atual au pair se eles a levam em viagens, e como é). Nós viemos para Telluride no Colorado, um povoado no meio das montanhas a uma hora de vôo ao sul de Denver, mais 3 horas dirigindo (isso aí, longe pra burro!). A vantagem? É uma estação de esqui bem menos frequentada que lugares famosos como Aspen e Vail (pra onde fui no verão do ano passado), então muitos famosos esquiam aqui. Tom Cruise tem uma casa aqui, e a Jennifer Aniston estava esquiando aqui essa semana... e não, eu não vi nenhum deles. O motivo? Estive por demais preocupada em não me quebrar inteira. Como assim? Uma palavra: snowboard.

Sim. Eu nunca fui particularmente adepta de esportes que demandam certa habilidade de equilíbrio. O máximo que consegui em minha juventude foi aprender a andar de bicicleta, fato do qual me orgulho muito visto que minha mãe nem isso faz (sim, é genético). Nada de andar de patins, ou skate, nem mesmo patinete. A única vez que tentei patinar no gelo foi um desastre. Eis que venho para o Colorado, e toda a família vai esquiar. Minha kid mais velha (fez 14 há dois meses) decidiu que queria algo diferente, pois que esquiar já se tornou por demais monótono e sua miserável vida. E logicamente que, a Amanda que não sabe nada de nada, decide a acompanhar em suas aulas de snowboard. Pra quem vai ter que começar do zero de qualquer forma, pensei, esquiar ou tentar o snowboard, qual a diferença? Ledo engano. Agora eu sei porque ninguém mais se dispôs a acompanhá-la.

Resumindo a cena, passei 3 dias caindo de bunda e esperando a queda que finalmente me levaria ao hospital e acabaria com meu sofrimento. Minha libertação veio só ao final do terceiro dia (minha última aula), quando finalmente caí tão feio que eu não conseguia mais andar. Sabe aquele osso chamado cóccix? Sim, aquele pertinho da sua bunda, o qual é necessário para se sentar? Se eu não o fraturei, cheguei muito perto. Finalmente tive que tirar o snowboard do pé e caminhar (= me arrastar) até o teleférico, de volta ao acampamento e à minha cama, onde tive uma noite meio de dor meio de alívio. Pelo menos as aulas acabaram. 

Vejam bem, foi uma experiência (literalmente) inesquecível. É uma coisa emocionamente estar na neve pela primeira vez, e ainda mais tendo a chance de aprender um esporte tão "cool". Sigo pensando que meus hosts são pessoas especiais, de um coração muito grande. Mas não era pra mim. Passei os últimos dois dias meio em casa, meio às compras, e ainda me diverti um monte, em meio ao chocolate quente e os livros. A única coisa não tão boa da viagem é que hoje é véspera de Ano Novo, e essa data nos Estados Unidos é totalmente entediante. Nada de pessoas vestirem branco, irem dançar na praia e trocarem felizes votos o dia inteiro. Não. Aqui eu quase tive que trabalhar hoje à noite enquanto os pais iam jantar em um restaurante. Minha sorte foi que não encontraram reservas disponíveis em nenhum restaurante decente, então resolveram comprar champanhe e fazer chicken cordon bleu, caso contrário eu ia jantar era pizza congelada (argh!). Se eu não estivesse na viagem, poderia passar o Ano Novo com meus amigos de The Woodlands, e seria bem mais divertido. Mas a vida é assim. Aqui tive uma oportunidade que eu dificilmente poderei bancar nos anos vindouros, e preciso admitir que gosto de passar tempo com minha host family. Depois de mais de um ano e meio com eles, a gente se apega. Não tem como, eles são pessoas muito legais. Ainda que às vezes eu fique feliz de passar um dia sozinha na casa enquando todo estão esquiando, mas isso é inevitável: meu lado anti-social, como diria minha mãe, precisa de uma atenção às vezes.


Um Feliz 2012 à todos, nos falamos no ano que vem :)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Merry Christmas!!!



Lá estava eu, procurando o que escrevi no Natal passado no blog, até que descobri: nada. Não tem nenhum post em Dezembro de 2010. O motivo? Essa época do ano é tão atrapalhada, com as minhas kids em casa o dia inteiro (as tais férias de inverno) e presentes pra comprar, o feriado a planejar, enfim, tanta coisa, que no ano passado a data passou em branco aqui no blog. Não esse ano.

Primeiro eu gostaria de dizer que o Natal é a época mais difícil pra mim. E pelo que sei de minhas amigas, é uma data meio chata pra qualquer au pair. Não que eu não esteja feliz de passar o Natal nos EUA, mas cá entre nós, família é família. Sinto falta de arrumar minha casinha no Brasil com os velhos enfeites de sempre. Dos amigos ligando e mandando cartões de Natal. De ir com minha mãe no mercado pra comprar o perú. Coisas bobas sim, mas que fazem a gente se sentir em casa.

Agora, na minha host family o Natal é bem parecido. Os avós virão pra cá na véspera, e vamos ter a ceia na véspera e o almoço no dia. Vamos todos trocar presentes e tal. Ai, os presentes. Sempre me embananei pra comprar os ditos presentes, mas a verdade é que eles têm tudo, então o preço não importa. Concluí após muitos aniversários e festas que o que vale é eles perceberem que a gente se importa. Então eu comprei presente pra todo mundo, pequenas lembranças mas que sei que vão deixá-los contentes. Para os avós, resolvi tirar uma foto das meninas segurando cartazes de Merry Christmas, e vou colocá-las em porta retratos e dar pra eles. Uma pequena lembrança, como eu disse, mas que faz a diferença. Até o cachorro ganha presente aqui, mas pra ele eu não comprei... tadinho, mas ele é o único que sei que não vai se chatear...

Esse ano decoramos a casa e tudo está lindo. Tirei fotos da árvore de Natal, que é natural (eles compram e colocam no capô do carro pra trazer pra casa, que nem nos filmes, é uma graça!!!). Tirei algumas fotos da decoração da casa e coloquei aí embaixo do post. Ah, e só pra registrar, fui para Nova Iorque final de semana passado, e quero fazer um post sobre a viagem (até por isso falhei escrever no blog semana passada) mas nos próximos posts coloco detalhes sobre minha viagem!!!







segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sobre as horas extras


É incrível como essa questão financeira não sai da minha cabeça no final do ano. Acho que também não é por menos: com o Natal chegando, é hora de pensar nos presentes que quero dar e viagens que ainda quero fazer. Fica nos pensamentos aquela pulguinha... ah como eu queria poder fazer um dinheirinho extra.

Todas as au pairs escutam da agência que é proibido fazer hora extra, porque o programa de au pair tem como objetivo o estudo. Daí que depende da au pair e da host family se vão querer honrar o sistema ou não. Alguns pontos objetivos:

Conversar com a família ANTES de fechar, e deixar todos os pontos bem claros. Minha família sempre disse que não pagaria nada extra, porque eles realmente não têm necessidade de trabalho extra. Muitas famílias já quando estão fechando com a au pair avisam que vão precisar que a au pair trabalhe a mais. Nosso horário é de 45 horas semanais, então, queridas au pairs, sejam inteligentes e:

1. Fechem o valor ANTES  de trabalhar. Você não vai querer ralar 4 horas a mais na tarde de sábado e descobrir só depois que decidiram que vão te pagar 5 dólares por hora. Quando pedirem para trabalhar a mais, nada de vergonha: abra a boca e pergunte, ponha os pingos nos is. Trabalho não negociado é trabalho mal pago.
2. Quanto cobrar? Isso vai depender da família e do lugar onde você mora. Aqui no Texas é comum que se pague 10 dólares por hora. Não é muito, principalmente quando você já trabalhou as 45 horas da semana e já está a ponto de querer trancar as crianças no banheiro e fingir que estão dormindo. Algumas meninas recebem mais, 15 ou até 20 dólares pela hora extra, por isso é sempre bom conversar com alguma au pair da localidade e perguntar qual é a média que se cobra.
3. Quando a hora deve ser paga como hora extra? Bom, querida au pair, a única coisa que posso aconselhar aqui é que você tenha muito bom senso e combine isso com sua família ANTES. O que eu acho justo é: se você trabalhar mais que as 10 horas máximas por dia, o que fizer a mais é extra e deve ser pago como tal.
4. Outra coisa: as horas devem ser contadas por semana. Como assim? São 45 horas semanais no máximo, certo? Então se chegar Domingo à noite (a semana começa na Segunda pra mim) e você trabalhou 40 horas naquela semana, não é por isso que vc pode trabalhar 50 horas na semana seguinte (45 + 5 da semana passada). Porque digo isso? Uma amiga minha trabalhou durante um mês assim, algumas semanas trabalhou 60 horas, outras trabalhou 35, ou 40. A host dela juntou tudo, calculou quanto ela deveria ter trabalhado no mês, e, enfim, minha amiga recebeu muito menos do que esperava e ficou muito frustrada. Por isso, acertem tudo exatamente como deve ser  ANTES.
5. Não se esqueçam que, caso tenham um problema com o pagamento de horas extras, ninguém vai te ajudar, porque o pessoal da agência não permite e não vai te apoiar em nada se você tiver algum problema em receber essas horas extras. Portanto, sejam espertas e não deixem para resolver os detalhes depois que você já trabalhou: resolvam antes. Você evita frustrações e é mais feliz.

Se tiverem histórias para contar postem aqui, é sempre legal escutar a experiência de outras meninas!