sábado, 31 de dezembro de 2011

Diretamente de Telluride, Colorado, desejo um Feliz Ano Novo à todos!!!


Isso mesmo, estou postando diretamente de minha primeira viagem à neve. Foi tão emocionante, ver a terra coberta de branco pela primeira vez, os pinheiros verdes saltando como agulhas das montanhas, casinhas de madeira com a fumaça subindo pela chaminé... um momento mágico.

Partimos de The Woodlands no dia 26 de dezembro e ficaremos aqui até dia 01 (amanhã). Sim, vim com minha host family, o que me leva a pensar como eles são realmente legais comigo (tome nota, quando for escolher sua família, pergunte à atual au pair se eles a levam em viagens, e como é). Nós viemos para Telluride no Colorado, um povoado no meio das montanhas a uma hora de vôo ao sul de Denver, mais 3 horas dirigindo (isso aí, longe pra burro!). A vantagem? É uma estação de esqui bem menos frequentada que lugares famosos como Aspen e Vail (pra onde fui no verão do ano passado), então muitos famosos esquiam aqui. Tom Cruise tem uma casa aqui, e a Jennifer Aniston estava esquiando aqui essa semana... e não, eu não vi nenhum deles. O motivo? Estive por demais preocupada em não me quebrar inteira. Como assim? Uma palavra: snowboard.

Sim. Eu nunca fui particularmente adepta de esportes que demandam certa habilidade de equilíbrio. O máximo que consegui em minha juventude foi aprender a andar de bicicleta, fato do qual me orgulho muito visto que minha mãe nem isso faz (sim, é genético). Nada de andar de patins, ou skate, nem mesmo patinete. A única vez que tentei patinar no gelo foi um desastre. Eis que venho para o Colorado, e toda a família vai esquiar. Minha kid mais velha (fez 14 há dois meses) decidiu que queria algo diferente, pois que esquiar já se tornou por demais monótono e sua miserável vida. E logicamente que, a Amanda que não sabe nada de nada, decide a acompanhar em suas aulas de snowboard. Pra quem vai ter que começar do zero de qualquer forma, pensei, esquiar ou tentar o snowboard, qual a diferença? Ledo engano. Agora eu sei porque ninguém mais se dispôs a acompanhá-la.

Resumindo a cena, passei 3 dias caindo de bunda e esperando a queda que finalmente me levaria ao hospital e acabaria com meu sofrimento. Minha libertação veio só ao final do terceiro dia (minha última aula), quando finalmente caí tão feio que eu não conseguia mais andar. Sabe aquele osso chamado cóccix? Sim, aquele pertinho da sua bunda, o qual é necessário para se sentar? Se eu não o fraturei, cheguei muito perto. Finalmente tive que tirar o snowboard do pé e caminhar (= me arrastar) até o teleférico, de volta ao acampamento e à minha cama, onde tive uma noite meio de dor meio de alívio. Pelo menos as aulas acabaram. 

Vejam bem, foi uma experiência (literalmente) inesquecível. É uma coisa emocionamente estar na neve pela primeira vez, e ainda mais tendo a chance de aprender um esporte tão "cool". Sigo pensando que meus hosts são pessoas especiais, de um coração muito grande. Mas não era pra mim. Passei os últimos dois dias meio em casa, meio às compras, e ainda me diverti um monte, em meio ao chocolate quente e os livros. A única coisa não tão boa da viagem é que hoje é véspera de Ano Novo, e essa data nos Estados Unidos é totalmente entediante. Nada de pessoas vestirem branco, irem dançar na praia e trocarem felizes votos o dia inteiro. Não. Aqui eu quase tive que trabalhar hoje à noite enquanto os pais iam jantar em um restaurante. Minha sorte foi que não encontraram reservas disponíveis em nenhum restaurante decente, então resolveram comprar champanhe e fazer chicken cordon bleu, caso contrário eu ia jantar era pizza congelada (argh!). Se eu não estivesse na viagem, poderia passar o Ano Novo com meus amigos de The Woodlands, e seria bem mais divertido. Mas a vida é assim. Aqui tive uma oportunidade que eu dificilmente poderei bancar nos anos vindouros, e preciso admitir que gosto de passar tempo com minha host family. Depois de mais de um ano e meio com eles, a gente se apega. Não tem como, eles são pessoas muito legais. Ainda que às vezes eu fique feliz de passar um dia sozinha na casa enquando todo estão esquiando, mas isso é inevitável: meu lado anti-social, como diria minha mãe, precisa de uma atenção às vezes.


Um Feliz 2012 à todos, nos falamos no ano que vem :)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Merry Christmas!!!



Lá estava eu, procurando o que escrevi no Natal passado no blog, até que descobri: nada. Não tem nenhum post em Dezembro de 2010. O motivo? Essa época do ano é tão atrapalhada, com as minhas kids em casa o dia inteiro (as tais férias de inverno) e presentes pra comprar, o feriado a planejar, enfim, tanta coisa, que no ano passado a data passou em branco aqui no blog. Não esse ano.

Primeiro eu gostaria de dizer que o Natal é a época mais difícil pra mim. E pelo que sei de minhas amigas, é uma data meio chata pra qualquer au pair. Não que eu não esteja feliz de passar o Natal nos EUA, mas cá entre nós, família é família. Sinto falta de arrumar minha casinha no Brasil com os velhos enfeites de sempre. Dos amigos ligando e mandando cartões de Natal. De ir com minha mãe no mercado pra comprar o perú. Coisas bobas sim, mas que fazem a gente se sentir em casa.

Agora, na minha host family o Natal é bem parecido. Os avós virão pra cá na véspera, e vamos ter a ceia na véspera e o almoço no dia. Vamos todos trocar presentes e tal. Ai, os presentes. Sempre me embananei pra comprar os ditos presentes, mas a verdade é que eles têm tudo, então o preço não importa. Concluí após muitos aniversários e festas que o que vale é eles perceberem que a gente se importa. Então eu comprei presente pra todo mundo, pequenas lembranças mas que sei que vão deixá-los contentes. Para os avós, resolvi tirar uma foto das meninas segurando cartazes de Merry Christmas, e vou colocá-las em porta retratos e dar pra eles. Uma pequena lembrança, como eu disse, mas que faz a diferença. Até o cachorro ganha presente aqui, mas pra ele eu não comprei... tadinho, mas ele é o único que sei que não vai se chatear...

Esse ano decoramos a casa e tudo está lindo. Tirei fotos da árvore de Natal, que é natural (eles compram e colocam no capô do carro pra trazer pra casa, que nem nos filmes, é uma graça!!!). Tirei algumas fotos da decoração da casa e coloquei aí embaixo do post. Ah, e só pra registrar, fui para Nova Iorque final de semana passado, e quero fazer um post sobre a viagem (até por isso falhei escrever no blog semana passada) mas nos próximos posts coloco detalhes sobre minha viagem!!!







segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sobre as horas extras


É incrível como essa questão financeira não sai da minha cabeça no final do ano. Acho que também não é por menos: com o Natal chegando, é hora de pensar nos presentes que quero dar e viagens que ainda quero fazer. Fica nos pensamentos aquela pulguinha... ah como eu queria poder fazer um dinheirinho extra.

Todas as au pairs escutam da agência que é proibido fazer hora extra, porque o programa de au pair tem como objetivo o estudo. Daí que depende da au pair e da host family se vão querer honrar o sistema ou não. Alguns pontos objetivos:

Conversar com a família ANTES de fechar, e deixar todos os pontos bem claros. Minha família sempre disse que não pagaria nada extra, porque eles realmente não têm necessidade de trabalho extra. Muitas famílias já quando estão fechando com a au pair avisam que vão precisar que a au pair trabalhe a mais. Nosso horário é de 45 horas semanais, então, queridas au pairs, sejam inteligentes e:

1. Fechem o valor ANTES  de trabalhar. Você não vai querer ralar 4 horas a mais na tarde de sábado e descobrir só depois que decidiram que vão te pagar 5 dólares por hora. Quando pedirem para trabalhar a mais, nada de vergonha: abra a boca e pergunte, ponha os pingos nos is. Trabalho não negociado é trabalho mal pago.
2. Quanto cobrar? Isso vai depender da família e do lugar onde você mora. Aqui no Texas é comum que se pague 10 dólares por hora. Não é muito, principalmente quando você já trabalhou as 45 horas da semana e já está a ponto de querer trancar as crianças no banheiro e fingir que estão dormindo. Algumas meninas recebem mais, 15 ou até 20 dólares pela hora extra, por isso é sempre bom conversar com alguma au pair da localidade e perguntar qual é a média que se cobra.
3. Quando a hora deve ser paga como hora extra? Bom, querida au pair, a única coisa que posso aconselhar aqui é que você tenha muito bom senso e combine isso com sua família ANTES. O que eu acho justo é: se você trabalhar mais que as 10 horas máximas por dia, o que fizer a mais é extra e deve ser pago como tal.
4. Outra coisa: as horas devem ser contadas por semana. Como assim? São 45 horas semanais no máximo, certo? Então se chegar Domingo à noite (a semana começa na Segunda pra mim) e você trabalhou 40 horas naquela semana, não é por isso que vc pode trabalhar 50 horas na semana seguinte (45 + 5 da semana passada). Porque digo isso? Uma amiga minha trabalhou durante um mês assim, algumas semanas trabalhou 60 horas, outras trabalhou 35, ou 40. A host dela juntou tudo, calculou quanto ela deveria ter trabalhado no mês, e, enfim, minha amiga recebeu muito menos do que esperava e ficou muito frustrada. Por isso, acertem tudo exatamente como deve ser  ANTES.
5. Não se esqueçam que, caso tenham um problema com o pagamento de horas extras, ninguém vai te ajudar, porque o pessoal da agência não permite e não vai te apoiar em nada se você tiver algum problema em receber essas horas extras. Portanto, sejam espertas e não deixem para resolver os detalhes depois que você já trabalhou: resolvam antes. Você evita frustrações e é mais feliz.

Se tiverem histórias para contar postem aqui, é sempre legal escutar a experiência de outras meninas!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O salário de uma Au Pair: é possível sobreviver?

Respondendo às perguntas da Raíssa, resolvi fazer esse post. Uma das grandes dúvidas quando se começa a pesquisar sobre o programa de Au Pair é se com o salário de $195.75 dólares semanais dá para ter uma vida digna. Mais uma vez, vou falar da minha experiência.
Dá pra viver sim, muito bem. Mas não sem esforço. Tudo vai depender de seu planejamento. Alguns fatores que acho importante comentar:

-A host family. Esse é um fator que vai pesar. A minha família nunca me paga hora extra, o que aliás é proibido pelo programa. Acho que vou fazer o próximos post só sobre isso, porque esse lance de hora extra dá pano pra manga. Mas, em resumo, minha experiência é a de uma au pair que pode contar com os (quase) duzentos dólares por semana e nada mais.
-Os benefícios que a família vai te dar. Por isso repito sempre: a escolha da host family é MUITO importante. Eu, por exemplo, tenho um tanque de gasolina por semana. Em geral, dá pra dirigir a semana toda (e olha que dirijo quase mais que caminhoneiro) e pra sair bem no final de semana. A minha host family paga academia pra mim. Também muitas vezes ganho ingressos pra ir em jogos. E algumas vezes me levam pra viajar com eles, o que tem sido muito bacana, porque como minhas meninas são mais velhas eu praticamente não trabalho nas viagens. E ainda tenho celular pago, sem restrições de ligação ou mensagens (exceto para o exterior, é claro).
-Considere também que a família vai pagar todas as contas. Você não terá nenhuma despesa fixa.

Agora, algumas outras coisas a se considerar:
- Não é sempre q tem aquela comida gostosa em casa. Você vai sentir necessidade de sair para comer de vez em quando (pelo menos umas duas vezes por semana) ou comprar algo no supermercado.
-Considere que você paga seus produtos de higiene pessoal. Shampoo, condicionador, pasta de dente, etc.
-Talvez você tenha que pagar sua academia. Aqui você consegue uma excelente por 35 dólares por mês.
- Sair não é barato. A cerveja long neck custa em geral 5 dólares, bebidas com vodka custam 10. Cinema? 10 dólares nos fins de semana. Comer fora? 10 a 15 dólares nos restaurantes mais baratos. Se a grana está curta, dá pra alugar filmes por 1 dólar na Reddbox. Passeios nos parques são de graça rs

E por fim, você vai ter que guardar dinheiro para viajar e fazer compras :) E dá pra fazer isso com tranquilidade se você se planeja. Quando eu cheuguei aqui, fiquei meio doida com todas as lojas e promoções do mall. É natural a Au Pair sair comprando tudo o que vê. Depois de um tempo a gente aprende a pesar os gastos, e vê no que vale a pena gastar e no que não vale. Mas isso é um critério que cada uma constrói conforme passam os meses. Se alguém ler isso algum dia, o melhor conselho que posso dar é: tente não comprar roupas, acessórios e eletrônicos nos primeiros dois meses. Vá a muitas lojas, veja os preços e a qualidade, que depois de um tempo você aprenderá a ter critério.

Se surgirem dúvidas, comentem aqui que respondo assim que possível!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Reflexão ao pé da mesa

Hoje almoçando eu tive um momento de epifania. Estava elaborando minha sobremesa, um dos melhores momentos do dia. Com a restrição de poder usar só os alimentos que tenho em casa devido à pão-durice que a vida como au pair exige, é necessário desenvolver um certo sentido de criatividade na hora de comer. Pois bem, como sobraram algumas panquecas que fiz para o café da manhã, eis no que resultou minha criação: panquecas, cerejas escuras (dark cherries) e chocolate syrup. Olhando para minha obra, digna de uma foto (pena que não tirei, a fome foi mais rápida), minha boca enchia d'água só ao pensamento de iniciar a degustação. O prato ficou lindo, daqueles de se comer com os olhos. Uma garfada depois, a decepção. Não era ruim. Eu podia diferenciar o açúcar do syrup do sabor das cerejas, e a textura das panquecas dava um equilíbrio. Mas não era a maravilha que a figura prometia ser.
O sentimento de frustração me caiu surpreendentemente familiar. E então entendi. Quando cheguei nos Estados Unidos, o choque foi enorme. No lugar onde moro, a cidade é pequena, toda planejada, construída no meio de uma floresta de árvores. Tudo é lindo. As pessoas são bem vestidas, os jardins bem cuidados, as crianças loiras de olhos azuis correm na rua sem medo. Tudo parece perfeito e exatamente como deveria ser.
É só depois de um certo tempo que conseguimos desenvolver uma percepção das entrelinhas. Só então nos atentamos para o fato de que aqui as crianças tem problemas de drogas nas escolas. Aqui também casais se divorciam. Aqui também pessoas se suicidam. Aqui, os famosos cupcakes são lindos, mas na primeira mordida temos que tomar cuidado para não travar com todo o açúcar do icing. Aqui, as pessoas também roubam e são assaltadas. E depois da primeira mordida, finalmente percebemos que não há lugar perfeito ou paraíso terrestre. O que existe são sua crença, família, bons amigos, e escolhas. O resto, é só fotografia.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Meu Halloween 2011

Para quem passou o último Halloween doente e de cama, não posso reclamar, esse ano foi bem melhor. Ainda que meio gripada, consegui sair no sábado à noite em Houston, e é muito divertido ver todas as pessoas fantasiadas andando na rua, é uma festa geral! Como o Halloween esse ano caiu na segunda-feira, todos os lugares celebraram a festa no sábado. Daí minha frustração: eu achava que ainda teria mais festa na segunda. Conclusão: minhas amigas ou estavam doentes, ou em aula, ou presas no trânsito, ou qualquer coisa menos disponíveis pra saírem de casa comigo. Mas tudo bem, ainda que meio frustrada, consegui entregar os doces para as crianças que batiam na porta. E que fofos! Quando a gente vê aqueles projetos de gente tocando a campainha e vestidos de power rangers, princesas, e por aí vai, não tem jeito: o coração derrete. E foi uma delícia! Além disso, o pessoal da vizinhança se juntou na rua e fizeram uma confraternizaçao entre todo mundo antes da criançada sair para o trick or treat. Muito legal, exceto que descobri que não conheço um quinto dos meus vizinhos. Anotação mental: ser au pair é não saber quem são seus vizinhos porque a maioria nem quer saber quem é a nanny da família. Me senti total peixe fora d'água e entrei em casa. Depois de comer, é claro.
Como não tinha companhia à noite, saí pela vizinhança tirando fotos das casas e das decorações, uma lacuna que ficou no ano passado e da qual consegui me livrar esse ano. Meus queridos, enjoy :)

Muitas casas têm decorações que brilham a noite

Detalhe para o vampiro dentro da carruagem que ficava entrando e saindo do caixão, um barato!

Aranha iluminada - era grandona, gente

Cemitério

E pra fechar com chave de outro, todos os primos do Casper :)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma volta pelo Outlet - reflexões na fila do caixa

E vamos ao tema "compras"! Estive pensando como o dinheiro nos EUA tem um valor muito diferente do que no Brasil. Sim, porque aqui as coisas são em geral mais baratas. Quando eu cheguei aqui convertia tudo o que via em dólares para reais, naquela conta besta dos 2 reais para 1 dólar. E por isso achava algumas coisas muito caras. Mas aí vamos a uma reflexão: para pensarmos no custo de vida em um país, é preciso pensar na moeda local. Como assim? Se quero refletir sobre o custo de vida nos EUA, temos que pensar que as pessoas ganham aqui em dólares. Vamos dizer, assim como um técnico vai receber cerca de 2000 reais no Brasil, aqui ele vai ganhar 2000 dólares, e por aí vai.

Então, aí é que vem a diferença: aqui as coisas são de fato muito mais baratas. Falo em termos de Texas, que é um Estado normalmente mais barato que os outros. Um galão de leite, que são quase 4 litros, custa 3.50 dólares. Um galão de gasolina, 3 dólares. Eletrônicos, então, nem é preciso comentar. Sim, até o carinha que trabalha na loja de conveniência do posto de gasolina pode comprar um IPad com uma certa economia, já que aqui custa míseros 500 dólares. Preços de carro? É melhor não comentar, assim ninguém chora nem se arranca os cabelos ao ver o absurdo de imposto que estes itens recebem ao ser importados para o Brasil.

E como se não bastasse, eles ainda têm outlets. Sim, onde você encontra aquela roupa ARRASAREI por 20 doletas. Muitas vezes por menos. Não é à toa que muitas meninas têm uma dificuldade imensa de guardar dinheiro para viajar ou para o que for: para quem está acostumado a pagar seus 100 reais por um vestidinho, entrar numa loja como a Pólo é colocar uma criança sozinha numa loja de doces - vai dar em desinteria.

Não vou mentir: têm lojas mais caras em outlets. Lojas como a Calvin Klein simplesmente não se encaixam no orçamento de uma Au Poor nem com seus 40% OFF. Um conselho? O mais difícil de todos: não compre só porque está barato. A onda capitalista pega aqui até as meninas mais obstinadas em relação às finanças. Então, proponho o seguinte: pense que, se você voltar para o Brasil, vai ter que colocar tudo nas malas. TUDO. Então, compre coisas que você AMOU de paixão, aquela paixão arrebatadora que te tira do salto. E geralmente, essas paixões custam caro. E o que vale mais: 10 regatas de 5 doletas da Forever XXI ou aquela blusa arrasadora da DKNY? Preze pela qualidade, não pela quantidade. E boa sorte.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A lenda de Jack O'Lantern



Aqui nos EUA todas as casas decoram seus jardins com várias coisas, mas a abóbora-lanterna é sem dúvida um dos artefatos mais comuns. As lojas aqui até vendem kits com ferramentas especiais só pra cortar as abóboras, e cada um faz o desenho que preferir. Pensando nesse costume, tão comum, comecei a procurar o porque da abóbora, e encontrei essa história:

"Uma lenda irlandesa conta que em um 31 de outubro, Jack – homem alcoólatra e grosseiro – bebeu mais do que de costume e o Diabo veio para levar sua alma. Desesperado para viver, Jack implora por mais um copo de bebida. O Diabo, compadecido, concorda.
Sem dinheiro para o último trago, Jack pede ao Diabo que se transforme em uma moeda. O Diabo concorda. Mal vê a moeda sobre a mesa, Jack guarda-a na carteira, que tem um fecho em forma de cruz. Desesperado, o Diabo implora para sair e Jack propõe um trato: poderá libertá-lo se ficar na Terra por mais um ano inteiro. Sem opção, o Diabo concorda. Feliz com a oportunidade, Jack resolve mudar seu modo de agir e começa a tratar bem a esposa e os filhos, vai à igreja e até faz caridade. Mas a mudança não dura muito.
No ano seguinte, na noite de 31 de outubro, Jack está indo para casa quando o Diabo aparece reclamando por sua alma. Jack, esperto como sempre, convence o Diabo a pegar uma maçã de uma árvore. O Diabo aceita e quando sobe no primeiro galho, Jack pega um canivete em seu bolso e desenha uma cruz no tronco. O Diabo promete partir por mais dez anos. Sem aceitar a proposta, Jack ordena que o Diabo nunca mais o aborreça. O Diabo aceita e Jack o liberta da árvore.
Para seu azar, um ano mais tarde, Jack morre. Tenta entrar no céu, mas sua entrada é negada. Sem alternativa, vai para o inferno. O Diabo, ainda desconfiado e se sentindo humilhado, também não permite sua entrada. Mas, com pena da alma perdida, joga um pedaço de carvão para que Jack possa iluminar seu caminho pelo limbo. Jack põe o carvão dentro de um nabo e sai perambulando.

Sua alma penada passa a ser conhecida como Jack O'Lantern ('Jack da Lanterna'). Quem presta atenção vê uma luzinha fraca na noite de 31 de outubro. É Jack, procurando um lugar. "

(http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-2099-18566-,00.html)

Lendo um pouco mais descobri que, ao virem para a América, os irlandeses encontram uma grande abundância de abóboras na época do Halloween, e resolveram utilizá-las em lugar dos nabos. Daí que Jack O'Lantern virou o tão conhecido sorrisão laranja. E isso eu posso dizer, agora encontramos pilhas e mais pilhas de abóboras nas entradas dos supermercados, e agora sim, as pessoas começam a enfeitar as casas para a festa. Assim que eu tiver oportunidade, vou colocar algumas fotos de umas casinhas enfeitadas.

Boa semana!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sobre a origem do Halloween

Achei esse texto de um professor de História, e quis compatilhar aqui. Eu não tinha muita noção do porquê da festa do Halloween, e achei essa explicação bem interessante. E vocês, já sabiam disso?



"Desde a Antiguidade, observamos que várias festividades populares eram cercadas pela valorização dos opostos que regem o mundo. Um dos mais claros exemplos disso ocorre com relação ao carnaval, que antecede toda a resignação da quaresma. No caso do Halloween, desde muito tempo, a festividade acontece um dia antes da “festa de todos os santos” e, por isso, tem seu nome inspirado na expressão "All hallow's eve", que significa a “véspera de todos os santos”.

Pelo fato do 1° de novembro estar cercado de um valor sagrado e extremamente positivo, os celtas, antigo povo que habitava as Ilhas Britânicas, acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas. Dessa forma, o “halloween” nasce como uma preocupação simbólica onde a festa cercada por figuras estranhas e bizarras teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas.

No processo de ocupação das terras europeias, os povos pagãos trouxeram esta influencia cultural em pleno processo de disseminação do cristianismo. Inicialmente, os cristãos celebravam a todos os santos no mês de maio. Contudo, por volta do século IX, a Igreja promoveu uma adaptação em que a festa sagrada fora deslocada para o 1° de novembro. Dessa forma, os bárbaros convertidos se lembrariam da festa cristã que sucederia a antiga e já costumeira celebração do halloween.

Por ter essa relação intrínseca ao mundo dos espíritos, o halloween foi logo associado à figura das bruxas e feiticeiras. Na Idade Média, elas se tornaram ainda mais recorrentes na medida em que a Inquisição perseguiu e acusou várias pessoas de exercerem a bruxaria. Da mesma forma, os mortos também se tornaram comuns nesta celebração, por não mais pertencerem a essa mesma realidade etérea." 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dressed up for Halloween!

Me empolguei com o calendário e as mudanças de estação (estamos entrando no Fall daqui a 3 dias) para vestir o blog para o Halloween. Eu adoro o Fall, porque aqui em Houston o Summer é extremamente quente e úmido, no esquema "vivendo na floresta tropical" mesmo. O Fall dá aquela quebrada entre os dias de insuportável calor (suando que nem gordo na esteira, como diria uma amiga) e o inverno gelado que chega no fim de novembro, então considero esta uma estação super aconchegante. Para celebrar o Halloween melhor que no ano passado (que só rendeu um post) vou fazer mais posts pra vocês entenderem melhor como todo mundo se prepara para esta festa, e como é a celebração no dia. Halloween é uma festa super americana, então vale a pena vivenciar com gosto todas as etapas, pois em nenhum outro lugar esta data é celebrada como aqui.

Só queria comentar rapidamente a dificuldade que foi encontrar um background de Halloween com os elementos que eu estava procurando. Eu queria algo que tivesse as pumpkins e bruxas, mas que fosse ao mesmo tempo meio misterioso e mágico, duas coisas que para mim são essenciais quando se fala do Halloween. Depois de muita procura, acho que consegui um bom resultado, espero que tenham gostado :)

Em dias de chuva

E aqui vamos nós ao fim do mês de setembro. Bom, se não é o fim,  é ao menos o começo do fim. Eu pensei em alguns temas que gostaria de escrever aqui no blog. Tinha pensado de falar das taxas que eles cobram aqui nos Estados Unidos, mas eis que hoje mais uma vez tive uma "crise" com minha menina, e resolvi que, este sim, é um tema bem digno do blog.

Eu sei que muitas meninas que pensam em ser au pairs podem ser divididas em dois grupos: algumas sofrem um pouco da dúvida: será que vou dar conta das crianças? Outras, pelo contrário, vão na onde do "indo para os EUA, faço qualquer negócio". Então aqui vão alguns "heads up":
SE VOCÊ NÃO QUER CUIDAR DE CRIANÇA, ARRUME OUTRO PROGRAMA. Acho que já falei disso em algum dos meus primeiros posts, mas esse tema certamente merece alguma redundância. Às meninas que vêm pra cá pensando que vão fazer turismo, e que cuidar das kids é algo secundário, devo alertar que a prática é muito diferente. A maioria das meninas vai passar sim a maior parte do tempo aqui nos EUA trabalhando com as crianças da host family. Agora, se você nunca/jamais sequer se imaginou como babysitter, por favor não invente de fazer isso em outro país. Faça pelo menos um test drive com alguma família do Brasil. Todo mundo sabe que ninguém se torna au pair porque era o sonho ser babá numa família americana, mas é preciso aceitar que isso é sim um emprego, e que é com isso que você gastará 50% do seu tempo. (Vamos pensar que você dorme 8 horas, sobram 16h para o seu dia. Durante 8 horas você estará trabalhando - no mínimo - então sobram outras 8 horas para comer, tomar banho, estudar e relaxar.. É uma conta besta, mas dá uma boa idéia do dia-a-dia).

CUIDAR DE CRIANÇA NÃO É NENHUM BICHO DE SETE CABEÇAS, MAS ESTEJA PREPARADA. Pra não dar uma de mandona-repetitiva que fica dando sermão, vou desabafar meu caso de hoje. Minha pequena me entra na cozinha com o joelho ralado e sangrando. Ela não está chorando, e não é um ferimento com nada de grave. Só um arranhão de quem caiu do skate. Ela pega um guardanapo e começa a limpar com água. Qualquer pessoa de razoável inteligência sabe que é preciso desinfetar com anti-séptico, então lá vai a Amanda cuidar do machucado. A resposta da criança?

Não, eu não quero. Mas B, não dói, é a mesma coisa que a água que você está colocando no machucado, só que esse aqui vai curar e não vai deixar inflamar. Não, eu sei disso, mas eu sei me cuidar e não vou colocar isso. Mas B, você precisa colocar, é pro seu bem, você mesma pode por se quiser, olha, tá aqui. Não, eu não vou por! Mas por quê? Porque eu não quero! Mas não vai doer! Eu sei, mas eu não quero, quero fazer do meu jeito! (Isso porque ela tem quase 10 anos).

10 minutos depois, o que sobrou da conversa? Ela se recusou a por o remédio porque estava cismada que queria do jeito dela, e ainda me chamou de idiota. Eu fiquei brava, mas não gritei com ela. Mandei a vizinha embora, e disse para a B que só poderia brincar de novo com a amiga quando pedisse desculpas. O que aliás ela só fez 3 horas mais tarde, quando o pai chegou em casa e deu A bronca. Eu sei que essa menina chega a ser um caso extremo, muitas au pairs não tem que passar por isso com as crianças. Eu passo alguns dias difíceis como esse, mas eu tenho o conforto de saber que os meus hosts são pessoas muito razoáveis, que me apoiam nesses momentos. Mas é preciso ter muita calma, e fazer um PhD em Paciência. Porque às vezes, tudo o que a gente quer é gritar com as crianças e mandá-las para um lugar onde elas desapareçam por algumas horas. Sabe aquela bolsa da Mary Poppins? Às vezes eu queria uma, pra eu mesma me jogar dentro. É um verdadeiro treino, e é por isso que aqui crescemos muito. Mesmo que eu não consiga a bolsa, quem sabe um dia eu não arranjo o guarda-chuva mágico só pra dar uma voltinha pelo céu...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Um passeio pelas vinhas de Fredericksburg


Pois bem, voltei pra contar de um dos passeios que fiz por aqui. Já fazia um tempo que eu escutava falar de uma cidadezinha entre San Antonio e Austin chamada Fredericksburg. E pode ser que alguns se surpreendam, mas aqui no Texas tem várias towns de colonização alemã. Aí que num final de semana resolvi passear na pequena Fredericksburg. Devo dizer que pra quem já esteve em Curitiba e visitou aqueles bairros de casinhas mega charmosas, Fredericksburg não foi lá a mais emocionante das experiências. No aspecto estético, deixou bem a desejar.
Mas eis que esse pequeno refúgio tem um tesouro que atrais vários turistas: vinhas. O quê? É, isso mesmo. Fui pra lá pensando num belo strudel de maçã, e voltei com uma memória de belas vinícolas. Fomos em duas vinhas, e é um passeio super legal. Primeiro porque pagamos só dez dólares pra provar seis vinhos diferentes (tá, não enxem o cálice, mas é uma delícia sair apontando qual vinho você quer experimentar).  E segundo porque numa das vinícolas fizemos um tour onde conhecemos todo o processo de produção do vinho. E vou dizer gente, fiquei bem impressionada.
Descobri que o sabor do vinho é influenciado desde o sabor das uvas que vêm da colheita até o tipo de cedro que você utiliza nos tonéis de armazenação. As variantes são inúmeras: tempo de fermentação, tipo de uvas utilizadas, tempo de armazenamento, nível de tosteamento dos tonéis, tipo de cedro utilizado, e por aí vai... não vou falar muito porque não sei mais profundamente, e vai acabar saindo uma heresia aqui, então só o que posso dizer é que agora a grande variação de preços no mercado faz muito sentido.
Por fim, foi super legal que em uma das vinhas era o dia de "Annual Grape Stomp". O que é isso? É um dia em que eles relembram um dos métodos antigos de fabricação do vinho, e colocam tonéis cheios de uva pra gente entrar com os pés e amassar. É, pensei o mesmo. ECA! Mas não posso deixar de dizer que me diverti a beça. A gente compra uma camiseta e no final coloca os pés sujos de uva pra marcar o acontecimento. Ainda bem que estava de esmalte, ninguém merece unha roxa com cara de sujeira hahaha

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Explicando seis meses de ausência

Pensando bem, não sei há grande explicação. Talvez o fato de quando preciso tomar grandes decisões não gosto de comentar aqui, senão todo mundo dá uma opinião e eu me sinto mais confusa. Meu jeito de ser. Mas vamos às novidades! Como todos podem perceber, sim, ainda estou aqui :) Meu primeiro ano de Au Pair terminou dia 10 de maio, e o segundo recomeçou. O quê? Sim, renovei! Com a mesma família? SIM!
Após nove meses dizendo que iria para o Brasil após um ano, percebi que não era isso o que eu realmente queria. Não sei ainda qual será o meu destino, mas sei que minha estrada ainda está aqui. Enquanto escrevo a minha menina mais nova, Bridget, está sentada na sala ao lado fazendo a última página da homework. É fim de férias de verão. Minha mais velha dormiu na casa da amiga, e vou buscá-la daqui a pouco. Amanhã recomeçam as aulas. É um sentimento esquisito repassar por todos os momentos que já passei pensando que seriam únicos. Este segundo ano estou duplicando minha experiência aqui. Chance de sair mais no Halloween.
O que foi do meu último semestre? Mudança. Não de casa, de idéias. Dois meses antes de voltar para o Brasil resolvi que não voltaria. E sabem aquela história de au pair deprimida que após dois meses senta e lamenta "eu podia estar no Brasil!"e bla bla bla? Não rolou. Estou mega feliz, porque de alguma forma sei que tomei a decisão certa. Terminei meu curso de Creative Writing semestre passado, e peguei aulas de Espanhol para o Fall.
Percebi também como minhas meninas cresceram. Meu relacionamento com a mais velha mudou drasticamente para melhor. Quando cheguei ela tinha 12 anos, agora está perto dos 14. Desculpe a frase de vó, mas ela está uma moça!
A mais nova, com quase 10, ainda me deixa louca e me chateia bastante. Mas ela tem seus problemas. Um dia conto com detalhes, mas crianças com dislexia podem ser bem difíceis.
Saudade da família, do Brasil? Muita. Mas é aquela saudade que nunca irá embora, e com a qual a gente aprende a conviver. Mas querem saber um segredo? Meus pais vieram me visitar nas férias de julho :) Entào, cá entre nós, nem é tanto fortaleza da minha parte. O apoio da minha família nao tem preço.
Para o futuro? Planejando, mas não vou falar nada até que tenha decidido (vocês entendem).

Espero que tenham gostado do novo visual do Blog! Não é definitivo, mas só agora que percebi que o site do layout antigo fora desativado. Fiz algumas mudanças de fonte para me adaptar a esse novo layout (que combina bastante, visto que estamos passando por dias plenos de sol de 40 graus celsius) mas não acho que vou manter esse layout por muito tempo...

Até a próxima!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sobre minha Texas Driver's License

Carro com decoração de Natal - very cute


Pois é, as pessoas têm tantas dúvidas sobre esse tema que eu nem sei se já escrevi algo sobre isso, mas resolvi fazer um post detalhado. Afinal, como funciona essa coisa de carta de motorista para au pair?

Pois bem, o primeiro passo é verificar a política de driver's license no Estado para o qual você está indo. Alguns Estados não aceitam a Habilitação Internacional, alguns aceitam provisioramente, e alguns aceitam forever. Agora - diga-se de passagem - eu seriamente RECOMENDO que você tire a habilitação no Estado para o qual vc está indo. Motivos? Vários. Primeiro de tudo, porque por melhor motorista que você seja, a polícia nem sempre é bem informada e você pode ter sérios problemas com as autoridades aqui, caso eles "cismem" que sua habilitação internacional nao serve e que você está dirigindo sem carta. Vide o caso que saiu ano passado no Youtube, da au pair brasileira que foi presa, sendo que ela estava com razão e podia usar a habilitação internacional, mas que foi parada por um policial mal informado. Segundo, porque a carta aqui é relativamente barata (paguei cerca de 60 dolares pelo curso teórico e 25.00 pela prova prática), sendo que você pode negociar com seus hosts pra eles cobrirem os custos, se você for dirigir as crinças para eles. Terceiro, pra quem já tem noção do que é dirigir, a prova teórica é bem simples, e a prática então, uma bobeira. Até porque pra não conseguir dirigir carro automático tem que fazer força, né.

Minha experiência? Ok, nunca fui super motorista no Brasil. Comecei a me empenhar em pegar mais na direção uns seis meses antes de vir pra cá. Minha host já tinha me avisado que no Estado do Texas eu não precisaria tirar a habilitação, mas que ela recomendava e que pagaria para mim. Então foi mais decisão minha tirar carta aqui que outra coisa, e talvez eu nem tivesse tirado se não fosse tão irritante ter que mostrar xerox do meu passaporte toda vez que ia entrar no bar e ver o segurança fazendo cara de ué rs.

Logo que cheguei foi aquela correira de começo, então acho que foi uns dois meses depois que comecei a ir atrás mesmo do assunto da carta. Primeiro de tudo, precisei fazer um curso teórico. Fiz um curso on line que terminei em um dia. Sim, 8 horas sentada na frente do pc, assistindo uns videozinhos soooo borings, com direito a prova no final, mas fiz e passei, td certo. O certificado chegou pelo Correio 10 dias depois. Foi até bom fazer o curso, porque algumas coisas do transito aqui são bem diferentes do Brasil, e por melhor motorista que vc seja, é importantissimo saber as leis daqui, senão vc vai fazer m****. Quem já parou naqueles Stop 4Way e não conseguiu mais sair sabe bem do que estou falando.

Feita a prova teórica, era hora de marcar a prática. Sinto uma certa vergonha em dizer que não foi senão depois de mais 4 meses (total de 6 aqui) que criei vergonha na cara e resolvi ir fazer a tal prova. Meu problema? Depois de tanto tempo aqui, não sabia mais fazer baliza. O que? Sim, isso mesmo, aqui quase todas as vagas são feitas pra se parar de frente, então vc esquece. Ainda mais eu, que nunca aprendi direito. Ainda mais com um carro diferente. Sim, pedi ajuda pra meus grandes amigos, que me assistiram parkeando durante mais ou menos uma hora, até eu aprender kkk Feito isso, fiz a prova prática (nada de mais, um percurso de 5 min e o dito parallel parking). Aí comecei a reparar que 70% dos americanos não sabem fazer parallel parking, mas isso fica entre nós ;)

E foi isso! Um mês depois minha habilitação chegou em casa pelo correio, sem drama, sem choro, sem dor. Eu agora tenha uma ID válida aqui, e não preciso mais sofrer com a dita fotocópia na carteira rs.

Perguntas? Deixe aqui, que eu respondo nos próximos posts!!

Próximo post vou falar um pouco das diferenças de dirigir aqui e no Brasil. Até!!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Sobre o Thanksgiving, Christmas and New Year


Eu aqui de novo, após dois meses de ausência. Há muito que se falar, mas vou resumir um pouco... primeiramente, não posso deixar de falar do feriado do Thanksgiving nos EUA. Para quem não sabe, o famoso Dia de Ação de Graças é um super big deal para os americanos. O feriado sempre cai numa quinta feira, esse ano, dia 27 de novembro. É um dia super especial, em que os americanos reúnem a família e passam o dia cozinhando o famoso Turkey, um recheio pra comer junto (stuffing), entre outras coisas. Meu host estava de plantão nesse dia, então a festa foi aqui em casa mesmo. Todos os avós, tios, tias e primos vieram pra cá, uma bagunça só, data marcável para quem nunca tinha visto esse feriado antes.
Mas o melhor do feriado está por vir: todo mundo chama a sexta que procede o feriado de Black Friday, e todas as lojas e outlets fazem grandes promoções nesse dia. Fui com minhas amigas para um outlet da regíão de madrugada, que viramos fazendo compras. Francamente, meninas, foi muito legal e tudo mais, mas o que estava realmente barato eram os eletrônicos que comprei pela internet, porque as roupas do outlet achei mais interessantes nessa semana pós Natal, quando tudo entra em promoção novamente... não sei se é assim em todo lugar, mas pela minha experiêcia passo a dica: se quiser comprar roupas, vale a pena guardar o dinheiro para a Sale pós Christmas....

Ahhh e vamos pra parte dois: Natal. Naturalmente é uma época em que a gente talvez mais sinta falta de nossa família... nao há nada como o espírito de Natal que temos em casa. Eu particularmente passei o Natal aqui com outras au pairs da área, todas muito queridas, então foi bem legal. Cada uma cozinhou algo para a ceia, e ficamos conversando até dar a meia noite... claro que não é a mesma coisa que passar em casa, mas de qualquer forma foi bem gostoso!! E uma das vantagens dos EUA é o monte de decoração que os americanos espalham sem a menor economia: as casas têm luzinhas nos telhados, bonecos no jardim, árvores de Natal, mil detalhes que fazem a cidade um mar de luzes durante a noite... até os carros são enfeitados, com guirlandas na frente ou chifrinhos de rena nos espelhos laterais e narizinhos vermelhos da frente (sim, igualzinho ao desenho do Rudolph - nem sei se é assim que se escreve).

Por fim, o Ano Novo. Eu particularmente não tive condição de viajar para nenhum lugar na virada. Fomos para Houston e festejamos num Nightclub bem agitado... teve contagem regressiva, aquela balbúrdia e tudo mais... mas nada das pessoas usarem branco. Mal vi fogos de artifício. Aliás, tirando o countdown, tudo pareceu mais uma das baladas de sempre... senti falta do axé, do show da virada, do ADEUS ANO VELHO, BEM VINDO ANO NOVO.... será que estou ficando nostágica? Com saudade??? SIIIIM kkkk, mas o que não mata nos fortalece, e assim vamos amadurecendo. Para quem quiser uma dica, escutei dizer que o Ano Novo na Disney é inesquecível, com shows excelentes e aquela energia brasileira... mas não deve ser barato, então se vc quiser ir vale a pena dar uma economizada ao longo do ano, e investir bem na virada.

Well, that's it!!! A ótima notícia é que agora tenho meu novo notebook, hehe, então por isso do retorno dos acentos :) Só espero não ter muitos erros, porque a bem da verdade é que a gente esquece muito do spelling das palavras... enfim, meninas, para as que estão vindo pra cá: o clima, está esfriando, temos vários dias em que a temperaatura chega no zero, mas nada absurdo. É bom ter um casaco bem quente, mas não exagere nas roupas, porque o inverno é dos mais curtos, e em março a temperatura vai começar a subir novamente, e o verão daqui é pra fazer qualquer um desistit de usar calça kkk

See you alligator ;)