segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sobre a origem do Halloween

Achei esse texto de um professor de História, e quis compatilhar aqui. Eu não tinha muita noção do porquê da festa do Halloween, e achei essa explicação bem interessante. E vocês, já sabiam disso?



"Desde a Antiguidade, observamos que várias festividades populares eram cercadas pela valorização dos opostos que regem o mundo. Um dos mais claros exemplos disso ocorre com relação ao carnaval, que antecede toda a resignação da quaresma. No caso do Halloween, desde muito tempo, a festividade acontece um dia antes da “festa de todos os santos” e, por isso, tem seu nome inspirado na expressão "All hallow's eve", que significa a “véspera de todos os santos”.

Pelo fato do 1° de novembro estar cercado de um valor sagrado e extremamente positivo, os celtas, antigo povo que habitava as Ilhas Britânicas, acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas. Dessa forma, o “halloween” nasce como uma preocupação simbólica onde a festa cercada por figuras estranhas e bizarras teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas.

No processo de ocupação das terras europeias, os povos pagãos trouxeram esta influencia cultural em pleno processo de disseminação do cristianismo. Inicialmente, os cristãos celebravam a todos os santos no mês de maio. Contudo, por volta do século IX, a Igreja promoveu uma adaptação em que a festa sagrada fora deslocada para o 1° de novembro. Dessa forma, os bárbaros convertidos se lembrariam da festa cristã que sucederia a antiga e já costumeira celebração do halloween.

Por ter essa relação intrínseca ao mundo dos espíritos, o halloween foi logo associado à figura das bruxas e feiticeiras. Na Idade Média, elas se tornaram ainda mais recorrentes na medida em que a Inquisição perseguiu e acusou várias pessoas de exercerem a bruxaria. Da mesma forma, os mortos também se tornaram comuns nesta celebração, por não mais pertencerem a essa mesma realidade etérea." 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dressed up for Halloween!

Me empolguei com o calendário e as mudanças de estação (estamos entrando no Fall daqui a 3 dias) para vestir o blog para o Halloween. Eu adoro o Fall, porque aqui em Houston o Summer é extremamente quente e úmido, no esquema "vivendo na floresta tropical" mesmo. O Fall dá aquela quebrada entre os dias de insuportável calor (suando que nem gordo na esteira, como diria uma amiga) e o inverno gelado que chega no fim de novembro, então considero esta uma estação super aconchegante. Para celebrar o Halloween melhor que no ano passado (que só rendeu um post) vou fazer mais posts pra vocês entenderem melhor como todo mundo se prepara para esta festa, e como é a celebração no dia. Halloween é uma festa super americana, então vale a pena vivenciar com gosto todas as etapas, pois em nenhum outro lugar esta data é celebrada como aqui.

Só queria comentar rapidamente a dificuldade que foi encontrar um background de Halloween com os elementos que eu estava procurando. Eu queria algo que tivesse as pumpkins e bruxas, mas que fosse ao mesmo tempo meio misterioso e mágico, duas coisas que para mim são essenciais quando se fala do Halloween. Depois de muita procura, acho que consegui um bom resultado, espero que tenham gostado :)

Em dias de chuva

E aqui vamos nós ao fim do mês de setembro. Bom, se não é o fim,  é ao menos o começo do fim. Eu pensei em alguns temas que gostaria de escrever aqui no blog. Tinha pensado de falar das taxas que eles cobram aqui nos Estados Unidos, mas eis que hoje mais uma vez tive uma "crise" com minha menina, e resolvi que, este sim, é um tema bem digno do blog.

Eu sei que muitas meninas que pensam em ser au pairs podem ser divididas em dois grupos: algumas sofrem um pouco da dúvida: será que vou dar conta das crianças? Outras, pelo contrário, vão na onde do "indo para os EUA, faço qualquer negócio". Então aqui vão alguns "heads up":
SE VOCÊ NÃO QUER CUIDAR DE CRIANÇA, ARRUME OUTRO PROGRAMA. Acho que já falei disso em algum dos meus primeiros posts, mas esse tema certamente merece alguma redundância. Às meninas que vêm pra cá pensando que vão fazer turismo, e que cuidar das kids é algo secundário, devo alertar que a prática é muito diferente. A maioria das meninas vai passar sim a maior parte do tempo aqui nos EUA trabalhando com as crianças da host family. Agora, se você nunca/jamais sequer se imaginou como babysitter, por favor não invente de fazer isso em outro país. Faça pelo menos um test drive com alguma família do Brasil. Todo mundo sabe que ninguém se torna au pair porque era o sonho ser babá numa família americana, mas é preciso aceitar que isso é sim um emprego, e que é com isso que você gastará 50% do seu tempo. (Vamos pensar que você dorme 8 horas, sobram 16h para o seu dia. Durante 8 horas você estará trabalhando - no mínimo - então sobram outras 8 horas para comer, tomar banho, estudar e relaxar.. É uma conta besta, mas dá uma boa idéia do dia-a-dia).

CUIDAR DE CRIANÇA NÃO É NENHUM BICHO DE SETE CABEÇAS, MAS ESTEJA PREPARADA. Pra não dar uma de mandona-repetitiva que fica dando sermão, vou desabafar meu caso de hoje. Minha pequena me entra na cozinha com o joelho ralado e sangrando. Ela não está chorando, e não é um ferimento com nada de grave. Só um arranhão de quem caiu do skate. Ela pega um guardanapo e começa a limpar com água. Qualquer pessoa de razoável inteligência sabe que é preciso desinfetar com anti-séptico, então lá vai a Amanda cuidar do machucado. A resposta da criança?

Não, eu não quero. Mas B, não dói, é a mesma coisa que a água que você está colocando no machucado, só que esse aqui vai curar e não vai deixar inflamar. Não, eu sei disso, mas eu sei me cuidar e não vou colocar isso. Mas B, você precisa colocar, é pro seu bem, você mesma pode por se quiser, olha, tá aqui. Não, eu não vou por! Mas por quê? Porque eu não quero! Mas não vai doer! Eu sei, mas eu não quero, quero fazer do meu jeito! (Isso porque ela tem quase 10 anos).

10 minutos depois, o que sobrou da conversa? Ela se recusou a por o remédio porque estava cismada que queria do jeito dela, e ainda me chamou de idiota. Eu fiquei brava, mas não gritei com ela. Mandei a vizinha embora, e disse para a B que só poderia brincar de novo com a amiga quando pedisse desculpas. O que aliás ela só fez 3 horas mais tarde, quando o pai chegou em casa e deu A bronca. Eu sei que essa menina chega a ser um caso extremo, muitas au pairs não tem que passar por isso com as crianças. Eu passo alguns dias difíceis como esse, mas eu tenho o conforto de saber que os meus hosts são pessoas muito razoáveis, que me apoiam nesses momentos. Mas é preciso ter muita calma, e fazer um PhD em Paciência. Porque às vezes, tudo o que a gente quer é gritar com as crianças e mandá-las para um lugar onde elas desapareçam por algumas horas. Sabe aquela bolsa da Mary Poppins? Às vezes eu queria uma, pra eu mesma me jogar dentro. É um verdadeiro treino, e é por isso que aqui crescemos muito. Mesmo que eu não consiga a bolsa, quem sabe um dia eu não arranjo o guarda-chuva mágico só pra dar uma voltinha pelo céu...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Um passeio pelas vinhas de Fredericksburg


Pois bem, voltei pra contar de um dos passeios que fiz por aqui. Já fazia um tempo que eu escutava falar de uma cidadezinha entre San Antonio e Austin chamada Fredericksburg. E pode ser que alguns se surpreendam, mas aqui no Texas tem várias towns de colonização alemã. Aí que num final de semana resolvi passear na pequena Fredericksburg. Devo dizer que pra quem já esteve em Curitiba e visitou aqueles bairros de casinhas mega charmosas, Fredericksburg não foi lá a mais emocionante das experiências. No aspecto estético, deixou bem a desejar.
Mas eis que esse pequeno refúgio tem um tesouro que atrais vários turistas: vinhas. O quê? É, isso mesmo. Fui pra lá pensando num belo strudel de maçã, e voltei com uma memória de belas vinícolas. Fomos em duas vinhas, e é um passeio super legal. Primeiro porque pagamos só dez dólares pra provar seis vinhos diferentes (tá, não enxem o cálice, mas é uma delícia sair apontando qual vinho você quer experimentar).  E segundo porque numa das vinícolas fizemos um tour onde conhecemos todo o processo de produção do vinho. E vou dizer gente, fiquei bem impressionada.
Descobri que o sabor do vinho é influenciado desde o sabor das uvas que vêm da colheita até o tipo de cedro que você utiliza nos tonéis de armazenação. As variantes são inúmeras: tempo de fermentação, tipo de uvas utilizadas, tempo de armazenamento, nível de tosteamento dos tonéis, tipo de cedro utilizado, e por aí vai... não vou falar muito porque não sei mais profundamente, e vai acabar saindo uma heresia aqui, então só o que posso dizer é que agora a grande variação de preços no mercado faz muito sentido.
Por fim, foi super legal que em uma das vinhas era o dia de "Annual Grape Stomp". O que é isso? É um dia em que eles relembram um dos métodos antigos de fabricação do vinho, e colocam tonéis cheios de uva pra gente entrar com os pés e amassar. É, pensei o mesmo. ECA! Mas não posso deixar de dizer que me diverti a beça. A gente compra uma camiseta e no final coloca os pés sujos de uva pra marcar o acontecimento. Ainda bem que estava de esmalte, ninguém merece unha roxa com cara de sujeira hahaha