terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma volta pelo Outlet - reflexões na fila do caixa

E vamos ao tema "compras"! Estive pensando como o dinheiro nos EUA tem um valor muito diferente do que no Brasil. Sim, porque aqui as coisas são em geral mais baratas. Quando eu cheguei aqui convertia tudo o que via em dólares para reais, naquela conta besta dos 2 reais para 1 dólar. E por isso achava algumas coisas muito caras. Mas aí vamos a uma reflexão: para pensarmos no custo de vida em um país, é preciso pensar na moeda local. Como assim? Se quero refletir sobre o custo de vida nos EUA, temos que pensar que as pessoas ganham aqui em dólares. Vamos dizer, assim como um técnico vai receber cerca de 2000 reais no Brasil, aqui ele vai ganhar 2000 dólares, e por aí vai.

Então, aí é que vem a diferença: aqui as coisas são de fato muito mais baratas. Falo em termos de Texas, que é um Estado normalmente mais barato que os outros. Um galão de leite, que são quase 4 litros, custa 3.50 dólares. Um galão de gasolina, 3 dólares. Eletrônicos, então, nem é preciso comentar. Sim, até o carinha que trabalha na loja de conveniência do posto de gasolina pode comprar um IPad com uma certa economia, já que aqui custa míseros 500 dólares. Preços de carro? É melhor não comentar, assim ninguém chora nem se arranca os cabelos ao ver o absurdo de imposto que estes itens recebem ao ser importados para o Brasil.

E como se não bastasse, eles ainda têm outlets. Sim, onde você encontra aquela roupa ARRASAREI por 20 doletas. Muitas vezes por menos. Não é à toa que muitas meninas têm uma dificuldade imensa de guardar dinheiro para viajar ou para o que for: para quem está acostumado a pagar seus 100 reais por um vestidinho, entrar numa loja como a Pólo é colocar uma criança sozinha numa loja de doces - vai dar em desinteria.

Não vou mentir: têm lojas mais caras em outlets. Lojas como a Calvin Klein simplesmente não se encaixam no orçamento de uma Au Poor nem com seus 40% OFF. Um conselho? O mais difícil de todos: não compre só porque está barato. A onda capitalista pega aqui até as meninas mais obstinadas em relação às finanças. Então, proponho o seguinte: pense que, se você voltar para o Brasil, vai ter que colocar tudo nas malas. TUDO. Então, compre coisas que você AMOU de paixão, aquela paixão arrebatadora que te tira do salto. E geralmente, essas paixões custam caro. E o que vale mais: 10 regatas de 5 doletas da Forever XXI ou aquela blusa arrasadora da DKNY? Preze pela qualidade, não pela quantidade. E boa sorte.

3 comentários:

  1. Oi Amanda. Meu nome é Paula e estou seriamente pensando em ser au pair.
    Eu tenho curiosidade em uma coisa, quando os host chegam em casa, ai vc automaticamente esta liberada nao e mesmo: O que faz, vai para o quarto, fica em baixo com eles?
    E durante a semana voce pode sair a noite sempre que quiser, finais de semana pode dormir fora, como e o esquema q a familia fazcom relacao a isso?

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  2. Paula,
    Essas coisas variam muito de acordo com a host family e a relação que vc tem com eles. Em geral, quando meus hosts chegam eu convero com eles, pergunto como foi o dia deles e eles querem saber do meu. Se eu tive algum problema com as meninas, eu converso sobre o assunto. En geral eu e as meninas já jantamos, então eu vou pro meu quarto, fico vendo TV, navegando na net, algumas vezes eu tenho coisas pra estudar. Mas às vezes eu saio durante a semana, vou ao shopping, comer com alguma amiga, coisas assim. De finais de semana é bem liberado: eu saio e volto quando eu quero. Às vezes durmo na casa de outras au pairs, e eles não têm nenhum problema com isso. Mas isso é algo para se conversar com a família, porque sei de meninas que tem algumas restrições com relação a isso, então é sempre bom conversar tudo antes do match. Ajudei?
    bjos!

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  3. Ajudou sim!! Adorei seu blog e sempre irei acompanha-lo!! bju

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