quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sobre minha viagem à Nova Iorque

Statue of Liberty

Central Park

Rapaz propondo casamento na árvore de Natal em frente ao Rockefeller Center

Time Square

Lá vamos nós, o post tão adiado sobre minha viagem à Nova Iorque. Como viajei uma semana antes do Natal, a correria foi geral e o post só está saindo um mês depois. 

Antes de mais nada, essa viagem saiu super por acaso. Uma amiga minha comprou as passagens e não tinha companhia, aí resolvi ir também porque as passagens de avião estavam baratas. Depois de tudo acertado, minha host me deu até a sexta feira off (viajamos no final de semana), e essa minha amiga decidiu que não ia mais. Acabei indo com uma menina que nem é tão próxima, e valeu muito a pena. O motivo? Nova Iorque no Natal é única. 

Se você nunca visitou a cidade, o fim de ano é a melhor época para ir. No primeiro dia fui à Ponte do Brookling, o que rendeu uma caminhada muito mais longa do que eu esperava. Nova Iorque tem metrô para tudo o que você precisar, então raramente você vai pegar um táxi. Se quiser economizar, é só pegar um metrô e andar algumas quadras, além de mais dinheiro no bolso você perde uns quilinhos. Porque aliás, essa cidade não tem gente gorda. Sério. Passei quase 3 dias lá e não vi nenhum obeso, não mesmo. A dúvida agora é se a cidade faz você emagrecer, ou se as imensas quadras dão alergia aos gordinhos...

Mas voltando ao assunto do táxi, você não vai querer pegar um se puder evitar. Porque o trânsito daquele lugar é bravo. Para quem conhece São Paulo, é daquilo pra pior. Quando peguei a shuttle (van) do aeroporto para o hotel, nem acreditei: o trânsito quase não se movia, em parte pela quantidade imensa de carros atarracados em uma ilha repleta de ruelas estreitas, em parte pelos pedestres que se atiravam na frente dos carros para atravessar a rua. A área mais sul, onde fica a Time Square, é uma loucura. Mas conforme você se aproxima da parte norte da ilha, onde tem o Upper East e o Upper West Sides, o Central Park, as coisas se acalmam. É uma área mais nobre da ilha, e vale muito a pena caminhar pela Madison Av. e ver as boutiques de roupas, cafés, etc. Dizem que o Soho, bem ao sul, também é legal de andar, mas lá eu não tive tempo de ir.

Voltando ao meu itinerário, saindo da ponte do Brookling fomos à Chinatown, que é um dos melhores lugares para comprar bugigangas: camisetas de NY, relógios, bolsas Louis Vuitton, Chanel, etc. O mercado negro anda à solta por lá, é só você fazer cara de bobo que as pessoas se aproximam de você oferecendo todo tipo de mercadorias ilegais (e falsas, mas vou dizer, réplicas muito boas).

Detalhe: tive uma intoxicação alimentar por conta de uma pizza que comi logo que saímos pra passear, e as compras na Chinatown foram intercaladas com paradas em lanchonetes para eu chamar o HUGO (vulgo vomitar). Mas persisti e me diverti: o bairro é repleto de sinais em chinês, e óbvio, poucos vendedores falam inglês fluente. Essa China há de dominar o mundo.

Saindo da Chinatown, fomos encontrar com uma das minhas amigas que moram em Manhattan. Comemos em um restaurante próximo ao Rockefeller Center e vimos as decorações de Natal. A árvore de Natal na frente do prédio é linda e enorme. Ao lado, tem uma pista de patinação. Mas a fila era tão imensa que a gente desistiu. O ponto alto foi a multidão se abrindo num espaço ao redor da árvore: um rapaz se ajoelhava e pedia em casamento uma menina (vejam as fotos!), super emocionante. Ela disse sim (e tem como não dizer?) e saiu mostrando o anel de diamante pra todo mundo (cá entre nós, era lindo).
Depois seguimos para a Times Square, cheia de lojas e luzes, e depois para o hotel, para a cama, e para o sono.

No sábado, andamos no Central Park, na Madison Av., passamos na Ladurée (loja que vende macaroons franceses - espécie de biscoito que é chique, caro e delicioso), vimos o Plaza Hotel (onde gravaram vários filmes e seriados, como o Esqueceram de Mim, Perfume de Mulher, Sex and The City, Friends, Gossip Girls, Bride Wars, e a lista continua). Para quem nunca foi ao Central Park, uma dica que deixo é reservar pelo menos umas 4 horas para vê-lo. Outra dica é pagar uma das carruagens que andam por dentro do parque mostrando os pontos turísticos (algumas esculturas). Eu resolvi andar o parque, e ele simplesmente é imenso. Não consegui achar nenhum dos pontos que eu estava procurando, e acabei não tendo tempo de ir ao MET (Museu Metropolitano), o único museu que eu queria ir ver (e para o qual são necessárias no mínimo mais 4 horas - a coleção é gigantesca). Esse vai ficar para uma próxima oportunidade.

Sábado à tarde fui jantar na casa da host family de uma amiga minha que mora lá. Houve uma chuva de comida e bebida: o casal é irlandês, e quiseram fazer uma ceia com todos os amigos antes de irem passar o Natal na Irlanda. Uma delícia. À noite, fomos numa balada (o que não vale a pena se você tem o tempo curto como eu, fui mais para acompanhar uma amiga). 

Domingo, só deu tempo de acordar cedo (pra quem foi dormir às 4 e levantou às 8, tenho que dizer, foi trágico) e ir ver a Estátua da Liberdade. Acabei indo sozinha, porque minha amiga estava muito cansada. E vou dizer: eu estava morta, só, e estava um frio de doer os ossos na balsa (levem luvas), mas valeu a pena! Peguei a balsa em New Jersey City, o que acabou sendo uma ótima escolha, visto que as balsas vindo de NY estavam lotadas. Também tive que esperar 40 min para entrar na balsa, porque perdi o primeiro horário. Outra coisa, o pedestal e a coroa da estátua estarão fechados pelo próximo ano, pois estão em reforma. Mas dei a volta na estátua, e ainda acompanhei uma guia que contou sobre a história e contrução do monumento, foi muito interessante. Curioso?

- A estátua é oca por dentro, e você consegue ver as junções das placas;
- Ela foi construída em partes, como um presente da França;
- Foi feita em cobre, porque é uma material mais leve e maleável;
- Por ser feita de cobre, ela era acobreada quando construída, e a oxidação do cobre com o tempo tornou a estátua azulada, o que foi feito intencionalmente, pois a oxidação dá uma certa proteção à estátua e a faz parecer mais velha do que é;
- Ela foi construída na França, desmontada, transportada por um navio, e remontada nos Estados Unidos;
- Os americanos não a queriam, e só depois que a estátua chegou é que foi construído seu pedestal;
- Quando montada, era a construção mais alta de Nova Iorque. Hoje em dia isso é algo difícil de se imaginar, visto que muitos prédios são mais altos que ela, o que faz com que perca muito de sua imponência. Mas foi da construção da estátua que se desenvolveu muito do que se sabe hoje sobre engenharia civil.

Depois do tour e das fotos, não deixe de visitar a loja de souvenirs, eles têm preços bem acessíveis, e se você estiver congelando as entranhas como eu estava, tem uma lanchonete com um chocolate quente muito bom :)

O post ficou enorme, então vou encerrar por aqui. Por favor, comentem, perguntem, façam sugestões, que assim, não desanimo de escrever.

Até a próxima!


3 comentários:

  1. Amandita, em que hotel vc ficou? Sabe me indicar algum bem legal e com bom preço??

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  2. Oi Monica! Então, eu fiquei em hostel, porque hotel lá é muito caro. Fiquei num quarto só com meninas, mas como foi minha amiga que fez a reserva eu não tenho o nome... acho que era Broadway qualquer coisa. Mas eu cheguei a fazer a reserva em um que se chamava Chelsea Hostel, que acabei cancelando por ter ido ao outro com minha amiga, mas que me parecia muito bacana. Aí vai do seu gosto, mas os hostels em geral são bem seguros, só recomendo pegar quarto só com mulheres e não misto, principalmente se você estiver viajando sozinha (vai que calha de você ser a única mulher no quarto, como já escutei histórias....). O preço gira entre 35 a 50 dólares por noite, entra nos site hostels.com que tem muitas opções, mas tem que fazer a reserva com antecedência, os quartos em NY esgotam rápido, principalmente nos finais de semana.

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